Cada um de nós possui ao menos algum amuleto ou mandinga para servir de "ponte de
conexão" entre o que somos fisicamente e espiritualmente.
Eu mesmo convivo com ambos, como estalar os dedos (dedão e pai de todos) doze vezes sempre que saio de casa (atualmente, dentro do elevador), para promover a limpeza nos caminhos que viverei durante o dia e também quando chego em algum lugar, para que as energias sejam positivas e geradoras de Amor e Abundância, nos relacionamentos que lá acontecerão.
Outra que adotei recentemente é, antes de sair e ao chegar em casa,
falar o mantra indiano “Om Gam Ganapataye Namaha” por três vezes seguidas,
mantra este que nos ajuda a lembrar que a Vida é uma constante transição cheia
de novos começos, escolhas e oportunidades e que sua verbalização nos conecta
com o novo, para o início de qualquer processo (um novo dia, uma viagem, um
relacionamento, um trabalho, uma cerimônia...).
E mais uma, que é tirar os sapatos ao entrar em casa e colocá-los próximos e de frente para a porta, para só depois caminhar dentro de meu vaso sagrado.
Há pouco, recuperei um amuleto dos tempos de infância e que
coincidentemente acabei por encontrar alguma informação muito interessante, que
compartilho aqui: a figa.
Estas podem ser confeccionadas em ouro, prata, marfim, pedras
diversas, osso, madeira, entre outros.
Sempre acompanhada de lendas e invocações, no entanto nada tem haver
com o catolicismo, ela está ligada aos velhos cultos fálicos da Ásia e África.
No Brasil colônia, os portugueses usavam a figa, mas alguns padres proibiam o uso destes pelos crentes, sem resultado, pois eles teimavam em usá-las para sua proteção pessoal.
No Brasil colônia, os portugueses usavam a figa, mas alguns padres proibiam o uso destes pelos crentes, sem resultado, pois eles teimavam em usá-las para sua proteção pessoal.
Apesar da etimologia “figa” ter origem desconhecida, temos uma vertente bem interessante: do latim “fícus” com a significação de figueira.
Em português a figa, em sentido figurado com o feminino, foi
simbolizada no fruto da figueira.
Mais tarde o órgão masculino foi simbolizado em um pedaço de tronco da
figueira ou parreira, que os negros a chamavam de Potência ou Poder negro, o
fragmento da árvore era cultuado em honra a Exu, uma manifestação da força da
natureza, que representa o falo.
As primeiras figas provavelmente foram feitas do tronco da figueira, representando a dualidade feminina e masculina, fertilidade e símbolo da vida.
Está árvore é nativa das regiões áridas da Ásia e da África do Norte.
Entre os caldeus e cananeus a figueira era tida como o símbolo da
vida, fecundidade e proteção, o mesmo ocorria entre outros povos.
A figa, em sua evolução, tem datas imemoráveis.
Os povos caldeus, cananeus, egípcios, persas, gregos e romanos já a conheciam como amuleto, em diversas formas.
Os povos caldeus, cananeus, egípcios, persas, gregos e romanos já a conheciam como amuleto, em diversas formas.
Encontradas nos túmulos pré-romanos e nas escavações das cidades de
Pompéia e Herculano, destruídas pelo Vesúvio (vulcão), como também Baal,
Príapo, Dionísio, Baco e Exu, divindades da fertilidade.
A mais conhecida entre nós é a fálica, também chamada de latina, tem em sua configuração a mão fechada, onde o polegar está colocado entre o indicador e o médio, representando assim o poder da fertilidade e vitalidade, no qual o dedo polegar simboliza o fálico e o indicador e médio o feminino.
Atualmente na África não se vê a figa cultivada como divindade fálica,
mas ela permanece como símbolo que evoluiu da árvore até um pedaço de madeira
das festividades de Baco, até os nossos dias sob a forma de mão fechada.
Como se vê, a figa é usada desde a antiguidade e por várias
civilizações, mas o simbolismo é o mesmo até hoje, ou seja, proteção.
Encontramos na figa a vitalidade e fertilidade de Exu, senhor do axé,
do poder, da proteção, o guardião que vitaliza, desvitaliza ou neutraliza toda
e qualquer ação, em tudo e em todos os campos.
Alguns pretos(a) velhos(a) na Umbanda utilizam a figa como recurso de
neutralização de qualquer ação negativa em seus trabalhos, ou seja, buscam o
auxilio do guardião.”
Demais não é?
O que importa é crer que ao solicitar estas conexões, possamos nos fortalecer e superar algum medo, temor ou desconfiança.
O que importa é crer que ao solicitar estas conexões, possamos nos fortalecer e superar algum medo, temor ou desconfiança.
E você... qual ou quais são seus amuletos e mandingas?
Conte prá gente aqui, com seu comentário ;-)
Figa: fonte: www.jornalnacionaldaumbanda.com.br Edição: 33
Pesquisado por adrianaquadro@hotmail.com
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